Agora sim estou em paz... como é bom ver seu sorriso, assim de pertinho... Como é bom ter teus bracos me envolvendo... Paz... O vestido branco sobre tua pele morena que baila ao sabor do vento... Daqui, acomodado em teus seios, posso sentir teus pés de veludo tocando os meus...
Tão bom sentir a brisa envolvendo nossos corpos, juntos, quentes, frios... Tudo passa tao rápido e nada mais vai passar na minha vida, pois tudo pelo o que eu corria eu achei... você.
Apareceu ali novamente, com aquele mesmo olhar de quando era feliz comigo antes de partir sem me dar adeus. Surgiu naquela curva, naquele momento em que tudo parecia perdido. No momento em que o arrependimento mortal bate antes do segundo final...
Como é feliz terminar tudo aqui, protegido por ti minha amada.
Não que eu acreditasse que aquele caminhão fosse realmente tentar ultrapassar o outro em uma curva fechada, vendo que eu vinha tao rápido ele apostou em meus freios... Eu apostei no guard-hail.
Nada saberiam sobre nós, sobre nosso amor interrompido pela minha infantilidade e pelo seu ciúme cronico. Não saberiam que você e apenas você estava lá para me aparar da queda com todos os cacos de vidro do meu parabrisas, afinal você sabe que eu não uso cinto.
Afinal, quem diria que virias, justamente tu, vestida de anjo me pegar pelas mãos para dar meu ultimo voo?
Sinto muito a todos que deixei para poder dar este voo aos bracos do meu amor, sinto muito a você, meu amor qual eu não pude me despedir, mas sinto você aqui, na curva, na batida, na queda... Sinto muito por não ter sorriso quando eu deveria, por pura birra, mas me sinto feliz de saber que na estrada da sua vida, eu não serei a curva de teu fim, como foste na minha.