quarta-feira, 21 de setembro de 2011

Mais uma Manhã

No Frio Curitibano acordei em um diga de saudade...

Saudade das canções de Nilson Chaves a beira de
um braço de rio Amazônida...

Saudade de quando o sol tocava minha pele, não para me iluminar o dia, mas sim para me emorenar...

Saudade da canção do bentivi em flor, cantando juras de amor na janela do meu quarto...

Acordei com saudade de viver cada minuto daquele sorriso de quem eu amo, e não para sobreviver ao frio daqueles que me desdenham...

Acordei com saudade do Gosto do Cupuaçu em suas mais variadas maneiras...

Acordei precisando ouvir o conto do boto e sentir o curupira me espreitando na densa mata durante mais um acampamento...

Acordei precisando fechar os olhos durante uma roda de carimbó, para que o batuque me leve muito além de onde minha mente já esteve...

Acordei procurando a vibração do açaí servido carinhosamente a todo paraense...

Acordei com a saudade da roda de prosa a frente de toda casa de família, em qualquer rua do Grão-Pará

Acordei longe disso tudo, à companhia de Tupã, embalado nos braços de minha cunhã-poranga, pensando nos lábios onde deixei minha mais sincera jura de amor...

Daniel Gaspar

2 comentários:

  1. Nossa terra é única, camarada! A sentinela do norte espera sua visita!

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  2. é uma poesia linda amor da minha vida. vc devia escrever um livro, ou pelo menos se dedicar a escrever mais. você é muito bom nisso.

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