sexta-feira, 28 de dezembro de 2012

Desabafo das emoções que não vivi em azul.


Boa Noite meus amigos.  Me reservo hoje ao direito de de expor a vocês o que passa em minha mente após mais uma noite de tentativa de reencontro de mim para comigo mesmo.  Sei que este, como tantos textos cheios de emoção deste blog, mal serão lidos e mais em breve será esquecido.  Mas este não deve trazer nada de novo nem abrir qualquer discussão, é apenas um desabafo, então pouco importa se muitos ou ninguém lerá, apenas preciso falar.

Hoje a noite foi novamente especial.  Vi meu Leão Azul vencer, porem mais do que vencer, vi ele encher nossa casa com milhares de fanáticos azulinos.  A festa das arquibancadas de um povo sofrido por sua história para um clube destruído por seus dirigentes e sua ganância.  Uma Festa como para receber os grandes clubes da elite do futebol.  Isso reflete que mais do que um clube é o sentimento de superação de um povo que nasceu para lutar.

A Noite guardava surpresas, calhou do homem que sentara ao nosso lado na arquibancada lotada fosse Mestre Curica, um dos grandes nomes da Guitarrada, estilo típico de música paraense que mistura a guitarra  com os ritmos caribenhos. Aquele idoso senhor e super caloroso contou inúmeros causos de jogos do Clube do Remo por cada canto do Pará, desde a várzea até os grandes estádios.  Ouvindo o gênio das cordas, e vendo o jogo passar me peguei pensando: Quantas histórias passaram dentro daqueles muros, quantos sorrisos eu podia ter acompanhado ali naquele lugar a direita da arquibancada? ou quantas lágrimas já teria derramado? Quantas vezes eu teria saído rouco dali ou quantas pessoas desconhecidas eu já teria abraçado ao ver o milagroso gol aos 40 minutos do segundo tempo?  Sei que disso só tive a lembrança do que não vi.

Ali, junto ao estádio, fica a arena de formação de atletas... qual o gosto de vestir o manto azul para uma partida, que seja amistosa do sub-14.  Não sei, nunca chutei uma bola a gol naquelas velhas traves.  Não entendia os cantos da torcida, não conhecia aquela história que faz parte de mim, mas eu não faço parte dela.

Enfim, o grito de gol saiu fluente, a vitória veio e eu novamente sentia que ali estava parte de um eu qual eu não conheci, porem que me fazia bem mesmo eu sabendo q podia ser melhor.

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